“NÃO BASTA ENCONTRAR ALGUÉM QUE PRECISE TRABALHAR. ELA TEM QUE QUERER TRABALHAR COM VOCÊ.”
Essa frase me veio num papo com uma empresária do varejo que dizia: “ninguém mais quer trabalhar”. E eu, de cara, pensei: será mesmo?
Será que o problema é a falta de gente disposta? Ou será que as empresas ainda não ajustaram seus modelos à nova realidade?
Sim, muita gente está fora do mercado, mas nem todas, são por falta de vontade. É porque hoje há mais caminhos para gerar renda. Gente vendendo por conta própria nas redes sociais, fazendo lives de vendas no TikTok, revendendo pela Shopee, criando conteúdo, entrando em marketplaces, prestando serviços no digital ou jogando para monetizar.
O varejo está competindo com isso e, na maioria dos casos, perdendo.
E, na minha humilde opnião, não é só por remuneração. É por autonomia, sentido, rotina flexível, menor pressão. É por conexão e cultura.
Por isso, a provocação: A sua empresa é um lugar que as pessoas querem escolher? Ou é só um porto seguro temporário enquanto algo melhor não aparece? Ou nem isso?
O jogo mudou. Não adianta apenas buscar gente que precisa de um trabalho. É preciso ser um lugar onde as pessoas desejem trabalhar.
E isso exige muito mais do que um salário no fim do mês. Exige propósito claro, liderança presente, ambiente saudável, plano de crescimento e, principalmente, respeito.
Respeito pelo tempo. Pelas entregas. Pelas pessoas.
O futuro do trabalho não é mais só contrato, é conexão, escolha, vínculo e troca.
O varejo que quiser atrair e reter talento vai ter que mudar o discurso do “ninguém quer trabalhar” para o “como posso ser a escolha de alguém que tem várias opções?”
Ou evoluímos, ou continuaremos reclamando da falta de gente, enquanto as oportunidades passam por nós.
E aí, faz sentido para você?
Movimento gera movimento. Vamo que vamo.