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A geração beta já está por aqui

Data
10/2/2025
Autor
Fred Alecrim
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A geração beta, termo introduzido por Mark McCrindle, é o grupo de crianças nascidas a

partir de 2025. Essa geração representa o futuro, crescendo em um mundo onde

mudanças rápidas e transformações profundas serão a norma. Para entender melhor

quem são essas pessoas e como serão moldadas, podemos unir os conceitos de Mark

McCrindle e as ideias de Karl Mannheim sobre gerações. Vamos lá?

O que define a geração beta?

A geração beta será marcada por experiências únicas, exatamente como Karl Mannheim

explica em sua teoria das gerações: o contexto histórico e cultural que vivemos molda

quem somos. No caso da geração beta, eles crescerão em um mundo onde tecnologia,

sustentabilidade e globalização estarão no centro de tudo.

1. Conexão total com a tecnologia

A geração beta viverá num mundo em que a tecnologia não é apenas uma ferramenta,

mas uma extensão natural do ser humano. Avanços como inteligência artificial,

realidade aumentada e dispositivos conectados estarão integrados ao dia a dia dessas

pessoas desde o nascimento. Eles não aprenderão "como usar a tecnologia"; a

tecnologia será algo intuitivo para eles.

Essa característica reforça o que Mannheim chama de "unidade de geração".

Embora compartilhem um ambiente digital global, eles terão interpretações e vivências distintas dessa tecnologia, dependendo de onde vivem ou das condições culturais.

2. Foco na sustentabilidade

Enquanto gerações anteriores começaram a discutir sustentabilidade, a geração beta

será diretamente impactada pelas mudanças climáticas. Isso trará um senso de urgência

para proteger o meio ambiente. Desde cedo, educação e hábitos de consumo vão

enfatizar práticas sustentáveis, algo que moldará tanto o comportamento individual

quanto as expectativas em relação às empresas e governos.

Aqui entra outro conceito de Mannheim: rupturas geracionais. A geração beta pode

romper com práticas insustentáveis das gerações anteriores e trazer novas soluções

para um planeta em crise.

3. Educação personalizada

Os métodos educacionais tradicionais serão substituídos por modelos personalizados e

tecnológicos, adaptados às necessidades de cada criança. Inteligência artificial ajudará

no aprendizado contínuo, preparando-os para carreiras que ainda nem existem. Isso

significa que a geração beta estará acostumada a um mundo onde o aprendizado nunca

para, sendo flexível e adaptável.

4. Globalização e diversidade

Eles crescerão em um mundo hiperconectado, onde terão acesso a diversas culturas e

línguas desde cedo. Isso fortalecerá a tolerância, o respeito e a colaboração global,

mas também desafiará a construção de uma identidade local em meio à grande

diversidade.

5. Relações interpessoais e equilíbrio digital

Um dos desafios será equilibrar a hiperconexão digital com o desenvolvimento de

habilidades interpessoais autênticas. A geração beta terá que aprender a criar conexões

humanas reais em um mundo onde as interações virtuais dominarão.

Por que "beta"?

Mark McCrindle escolheu o termo "beta" inspirado no conceito de software em

constante evolução. Assim como programas em fase beta passam por atualizações, a

geração beta será moldada por um mundo de mudanças rápidas e adaptações

constantes. Eles serão "testadores" da nova era, vivendo num mundo em que as

incertezas fazem parte da construção de algo melhor.

O impacto no futuro

● Longevidade e bem-estar: Avanços em medicina e biotecnologia podem garantir

vidas mais longas e saudáveis para essa geração.

● Novos dilemas éticos: Inteligência artificial, engenharia genética e outras

inovações trarão questões éticas inéditas.

● Engajamento global: A geração beta estará conectada a causas e redes que

transcendem fronteiras geográficas.

A beta é a personificação de uma geração moldada pelas rápidas mudanças e pelas

novas possibilidades de um mundo em evolução. Mannheim nos ajuda a entender o

contexto e McCrindle nos inspira a imaginar o que vem por aí. Juntos, eles nos mostram

que o futuro será moldado não apenas pelo que fazemos agora, mas por como essas

crianças irão reinventar o mundo.

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